A Infectologia é a especialidade da medicina que se ocupa do estudo, diagnóstico e tratamento de doenças causadas por microrganismos como bactérias, fungos, protozoários e vírus.
Diferente de muitas especialidades médicas nas quais a atuação é focada em determinado órgão do corpo, a infectologia abrange processos em todos os órgãos e sistemas do organismo, além de lidar constantemente com a interface da saúde com questões sociais, ambientais e culturais.
No Brasil, o Dia do Infectologista é comemorado em 11 de abril. A data foi escolhida em homenagem a Emílio Ribas, um dos médicos pioneiros no combate às doenças infecciosas no país e que dá nome ao maior Instituto de Doenças Infecciosas da América Latina, onde fiz minha especialização
Além do estudo das doenças infecciosas, também gosto de enxergar o mundo através das lentes da Infectologia:
Um mundo onde as pessoas não são julgadas por condições de saúde ou diagnósticos, mas acolhidas em sua complexidade. A orientação sexual, gênero, raça e condição social são apenas características e não medidas de valor humano.
Para eliminar doenças, tão importante quanto estudar a farmacodinâmica e farmacocinética dos medicamentos é compreender a importância de redução de estigmas e da desigualdade social.
No mundo da infectologia, é possível atuar para cura e erradicação de diversas doenças, e propiciar longevidade com qualidade de vida para quem vive com condições (ainda) incuráveis.
O tratamento de uma doença é tão importante quanto a prevenção, que está relacionada a diversas ações como vacinação, comportamento e condições de vida.
Saber quando não prescrever um antibiótico é ainda mais importante do que saber prescrever.
O cuidado coletivo é tão importante quanto o cuidado individual.
O mundo ideal não existe… pelo contrário, a vida real é cheia de desafios. Mas poder exercer cuidado com empenho científico e acolhimento, contribuindo para a transformação de indivíduos e da sociedade é, sem dúvidas, um privilégio.